A Escola Nacional de Seguros trouxe ao mercado o 2º Estudo Mulheres no Mercado de Seguros, com indicativos de que as mulheres são a maioria no setor, porém enfrentam desigualdade de oportunidades e ganhos.

O estudo foi realizado com dados de 2015, com coordenação dos professores Maria Helena Monteiro, diretora da área de Ensino Técnico da Escola Nacional de Seguros, e do economista Francisco Galiza, com entrevista de 316 mulheres,
sendo que 45% têm entre 36 e 45 anos, com uma origem profissional bastante diversa: corretoras, securitárias, órgãos representativos de classe, prestadoras de serviços, empresas de seguros, entre outros.

As mulheres respondem, hoje, por 56,3% da mão de obra no mercado de seguros, contra 49% no ano 2000. No entanto, homens, embora minoria, ficam com sete de cada 10 cargos executivos nas empresas seguradoras. De todos os funcionários
masculinos de uma seguradora, 4,7% se tornam executivos. Na ala feminina, essa proporção cai para 1,4%. Isto é, a probabilidade de um homem se tornar executivo da empresa é quase 3,5 vezes maior que a de uma mulher.

Segundo Galiza, é importante ficar claro que outros levantamentos indicam que, quando há presença de mulheres, a sociedade e as empresas lucram mais. “A linha desse trabalho é mostrar que a atuação das mulheres pode trazer ganho
econômico, isso é que é importante salientar desse levantamento”.

Em análise da empregabilidade da mulher, a sua evolução histórica nos últimos anos mostra uma tendência crescente da força de trabalho feminina, quando, muitas vezes, resiste a crises financeiras que afetam mais diretamente o mercado masculino. Esses fatores, aliados às próprias questões de foro íntimo, como o desejo de participar de uma vida profissional mais intensa, são motivos que explicam este comportamento. “A maternidade não explica tudo, não é considerada uma penalidade e não afeta o emprego feminino”, ressalta Maria Helena Monteiro.

Fonte: Revista cobertura